A data comemorativa surgiu em 2008 pela Confederation of Meningitis Organisations (CoMO) para conscientização por ser uma doença global e grave
Samira Luiza Apótolos Pereira Publicado em 24/04/2024, às 06h00
O dia 24 de abril foi marcado como o Dia Mundial de Combate à Meningite com o objetivo de aumentar a conscientização sobre essa doença que pode ter consequências graves se não for tratada adequadamente.
A meningite é uma infecção que afeta as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Embora seja uma condição séria, é importante destacar que a maioria dos casos pode ser tratada com sucesso se diagnosticada precocemente e a maioria dos pacientes se recupera completamente, no entanto, pode ser uma condição grave e potencialmente fata se ajuda médica não for procurada.
Com sintomas iniciais semelhantes ao de uma gripe comum com febre, dor de cabeça e prostração, é de extrema importância ficar atento à progressão rápida destes sintomas, e saber reconhecer os sinais da meningite precocemente para buscar assistência médica imediata observando a intensidade da dor de cabeça, rigidez no pescoço e variação no nível de consciência.
Transmitida em qualquer ambiente, através do contato com as secreções respiratórias de uma pessoa infectada, a meningite pode afetar pessoas de todas as idades e em alguns casos, mesmo com tratamento, pode deixar sequelas permanentes, como perda auditiva, dificuldades de aprendizado e outros problemas neurológicos.
Com até 5 milhões de casos por ano por todo o mundo, a meningite mata 1 em cada 10 pessoas e causa incapacidade permanente em 1 de cada 5 pessoas que sobrevivem. No Brasil registrou-se 9 mil casos da doença no ano passado, uma queda de 29% comparado ao ano de 2022, graças às campanhas de conscientização e a importância da vacinação.
Atualmente, já existem vacinas disponíveis que protegem contra os principais tipos de meningite, como a vacina contra o meningococo e o pneumococo e salvam vidas. Procure uma clínica ou posto de saúde e atualize a carteirinha de vacinação e proteja-se e seus entes queridos, e, na dúvida com relação aos sintomas, não hesite em procurar um neurologista.
*Dra Samira Luiza Apótolos Pereira é neurologista e coordenadora do núcleo de neurologia da Clínica EVCITI pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil. É médica neurologista do Grupo de Doenças Desmielinizantes e autoimunes do sistema nervoso do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
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