Médica explica como o climatério pode afetar a libido e oferece soluções para melhorar a qualidade de vida e manter a intimidade
Redação Publicado em 13/09/2024, às 06h00
O climatério, fase de transição que antecede a menopausa, traz diversas mudanças hormonais e físicas que podem afetar significativamente a vida das mulheres. Entre os efeitos mais impactantes está a diminuição do desejo sexual, que pode gerar desconforto e preocupações.
Segundo a médica, Dra. And Yara Gelmini, durante o climatério, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem gradativamente, o que pode levar a uma série de sintomas como ondas de calor, suores noturnos, e alterações no humor. Essas mudanças hormonais também podem influenciar diretamente o desejo sexual.
“A queda nos níveis de estrogênio pode causar uma diminuição na lubrificação vaginal, tornando as relações sexuais desconfortáveis ou até dolorosas. Isso, por si só, já pode reduzir a libido. Além disso, as flutuações hormonais podem afetar o bem-estar emocional, contribuindo para a redução do interesse sexual,” explica a Dra. And Yara Gelmini.
Além dos fatores físicos, o climatério pode trazer consigo uma série de desafios emocionais e psicológicos. Sentimentos de ansiedade, depressão e baixa autoestima são comuns durante essa fase, e esses fatores também podem interferir no desejo sexual.
“A autoimagem e a percepção da própria sexualidade podem ser abaladas durante o climatério. A mulher pode sentir-se menos atraente ou preocupada com as mudanças em seu corpo, o que pode impactar negativamente sua libido. É importante entender que essas sensações são comuns e buscar apoio, seja através de terapia ou grupos de suporte,” afirma a Dra. Gelmini.
Para muitas mulheres, a modulação hormonal pode ser uma solução eficaz para lidar com os sintomas do climatério e melhorar a qualidade de vida, inclusive no aspecto sexual. A Dra. And Yara Gelmini enfatiza a importância de uma abordagem personalizada. “A modulação hormonal visa equilibrar os hormônios de maneira individualizada, respeitando as necessidades específicas de cada mulher. Com o acompanhamento adequado, é possível reduzir os sintomas desconfortáveis e melhorar o bem-estar geral, o que inclui a recuperação do desejo sexual. No entanto, é crucial realizar essa modulação sob supervisão médica, para garantir a segurança e a eficácia do tratamento,” orienta a especialista.
Um dos passos mais importantes para lidar com as mudanças no desejo sexual durante o climatério é a comunicação aberta com o parceiro e com profissionais de saúde. “Falar sobre as dificuldades e buscar informações pode aliviar a sensação de isolamento e ajudar na busca por soluções. O diálogo com o parceiro é essencial para manter a intimidade e encontrar alternativas que satisfaçam ambos,” aconselha a Dra. Gelmini.
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