Arritmias cardíacas causam 320 mil mortes súbitas no ano

Especialista explica as principais causas de arritmias cardíacas e a importância do acompanhamento médico

Redação Publicado em 01/06/2024, às 06h00

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Arritmias cardíacas são alterações elétricas que modificam o ritmo das batidas do coração. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, no Brasil mais de 20 milhões de pessoas sofrem da doença, gerando mais de 320 mil mortes súbitas por ano.

Segundo a cardiologista, Natália Gomide, o ritmo normal do coração é aquele que ocorre de modo regular, onde as contrações das batidas são separadas por intervalo de tempo regular. “O ritmo normal do coração tem uma frequência cardíaca que varia entre 50 a 100 BPM (batimentos por minuto). Quando a pessoa está dormindo, é comum que a frequência cardíaca diminua e, em casos de situações de alerta, pode aumentar”, explica.

A arritmia pode aparecer de diversas formas: aceleradas, quando o coração bate muito rápido e são chamadas de taquicardia. Em outros casos, de maneira irregular ou mais lenta, quando o coração contrai mais devagar, chamada de bradicardia.

A cardiologista explica que mesmo alguns tipos de arritmias cardíacas levem a poucos sintomas ou até mesmo a nenhum, e não causem risco ao paciente, existe outro extremo de arritmias que podem ser potencialmente fatais, e são responsáveis pela morte súbita cardíaca, aquela que ocorre de repente.

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“A principal causa é aquela que ocorre após um infarto agudo do miocárdio. Nessa situação, o paciente pode ter o que chamamos de fibrilação ventricular, quando o coração bate desordenado e muito rápido, até 600 vezes por minuto, e isso faz com que o sangue não possa ser bombeado pelo coração, levando à morte súbita”, explica Natália.

A médica ressalta que o acompanhamento médico é indispensável em todos os casos, levando em conta que, quando não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode provocar parada cardíaca e morte súbita.

 “A forma de prevenção é evitando a ocorrência do infarto, controlando fatores de risco, como pressão alta, hábito de fumar, colesterol alto e o peso”, orienta a cardiologista.

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