Abril Roxo: mitos e verdades sobre a adenomiose

Condição ginecológica, a adenomiose pode atingir uma em cada 10 mulheres em período reprodutivo

Redação Publicado em 22/04/2024, às 06h00

Conheça mitos e verdades sobre a adenomiose -

Abril é o Mês da Conscientização da Adenomiose, doença em que o tecido endometrial cresce dentro das paredes musculares do útero, causando dor e problemas de fertilidade.. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição atinge uma em cada 10 mulheres no mundo no período reprodutivo.

De acordo com o Dr. Thiers Soares, especialista em adenomiose, endometriose e miomas, os principais sintomas da doença são dor pélvica intensa durante a menstruação, sangramento uterino anormal, problemas menstruais mais intensos e prolongados, aumento do volume uterino; dispareunia (dor durante a relação sexual) e infertilidade.

Para esclarecer as principais dúvidas, o especialista lista mitos e verdades sobre a doença:

“A adenomiose pode provocar infertilidade?” - Verdade

Se não for tratada, a adenomiose pode levar à infertilidade porque o crescimento irregular do tecido endometrial no miométrio pode danificar e até impedir a implantação do embrião. Diagnosticar a doença é essencial para iniciar o tratamento e prevenir cicatrizes e outras complicações uterinas que levam à infertilidade.

“A adenomiose é câncer?” - Mito

A adenomiose é uma doença classificada como benigna e pode ocorrer em diferentes graus em cada mulher. No entanto, não há conexão entre adenomiose e câncer.

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“Adenomiose e endometriose são a mesma coisa?” - Mito

A adenomiose é uma doença uterina e a endometriose é uma doença extrauterina. As duas são definidas pela existência de focos de tecido similares ao endométrio em outras áreas e crescem sob estimulação estrogênica.

“A adenomiose causa ganho de peso?” - Mito

Em alguns casos, a adenomiose pode causar distensão abdominal porque a doença provoca inflamação dos intestinos, o que altera o ritmo dos intestinos. A própria inflamação leva ao inchaço do abdômen. A condição não causa ganho de peso, mas pode ocorrer aumento abdominal.

“Existem outras opções de tratamento além da Histerectomia?” - Verdade

A histerectomia é um procedimento cirúrgico, no qual o útero é completamente removido. Representa uma opção de tratamento definitivo para a adenomiose, sendo preferida uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva, permitindo menor tempo de internamento e recuperação após a cirurgia, embora também possa ser realizada por meio de uma técnica tradicional, a laparotomia. Vale reforçar que o procedimento só é indicado para pacientes que não desejam mais engravidar. Outras opções de tratamento incluem medicamentos anti-inflamatórios não esteróides e terapia hormonal.

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