A data de hoje nos lembra da importância de entender e apoiar aqueles que convivem com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, o TDAH
Renato Arruda* Publicado em 13/07/2024, às 06h00
Em um mundo onde a concentração é um desafio constante, para quem tem TDAH, cada dia traz uma montanha-russa emocional. A angústia de se perder em pensamentos que voam como borboletas, enquanto o relógio avança implacável. A dor de ver as expectativas não atendidas, não por falta de esforço, mas por uma mente que dança ao som de mil ideias por segundo.
Uma batalha interna difícil de ser compreendida por quem não tem o transtorno. O julgamento rápido, as expectativas não cumpridas, as vezes em que o silêncio é ensurdecedor porque a mente está em constante movimento.
Mas, entre os desafios, há uma força inabalável. A criatividade que brilha em momentos de inspiração, a capacidade de ver o mundo de maneira única, de encontrar soluções criativas para problemas complexos.
Esta é a jornada de quem vive com TDAH: uma história de resiliência, perseverança e a busca constante por compreensão e aceitação. Uma caminhada de muitos. Atualmente, estima-se que mais de 2 milhões de crianças e adolescentes brasileiros tenham TDAH, sendo o transtorno neuropsiquiátrico mais comum nessa faixa etária. Enquanto nas crianças e adolescentes, a prevalência estimada é ao redor de 5%, nos adultos cerca de 3% também sofrem desse transtorno.
Por isso foi criado o Dia Mundial de Conscientização e Sensibilização sobre o TDAH - para combater estigmas e fornecer conhecimento baseado em evidências às pessoas com esse transtorno, reconhecendo que a educação e informação são fundamentais para melhorar suas vidas.
Profissionais da saúde e da educação dedicados ao bem-estar desses jovens precisam estar à frente das últimas pesquisas e práticas da neurociência. A atualização frequente é obrigatória para garantir que estejam preparados para oferecer um cuidado integrado, abrangente e, sobretudo, eficaz, como as crianças e adolescentes com TDAH precisam e merecem.
Junte-se a nós para celebrar a diversidade de mentes que tornam o mundo mais rico e vibrante.
*Renato Arruda – Neurologista, Organizador do Congresso Aprender Criança
Dislexia na vida adulta: os desafios do diagnóstico tardio
Não somos TDAH: o diagnóstico não nos define
Alertas para o falso diagnóstico da Dislexia
Qual o futuro das crianças afetadas pelo consumo de álcool na gestação?
TDAH e o diagnóstico tardio que rotula e compromete vida de milhares