Para alunos, a IA pode ajudar na personalização de aprendizados e acessibilidade educacional; para professores, IA ajuda com automação de tarefas
Redação* Publicado em 17/04/2024, às 06h00
Engana-se quem pensa que a educação é um segmento que ficaria de fora do uso da inteligência artificial (IA). Seja para auxiliar os estudantes ou os professores, a IA é capaz de facilitar o aprendizado e a rotina escolar, e no âmbito nacional, os brasileiros estão otimistas: 88% enxergam que ela trará facilidades para a rotina de todos, de acordo com Relatório Global Sobre Novos Consumidores, realizado pela agência Marco e a Cint.
Como um desses impactos, o ChatGPT, para citar apenas um dos diferentes tipos de IA, pode ser um aliado na personalização do aprendizado. Com ele, é possível facilitar e reforçar ainda mais o ensino personalizado com conteúdos de interesse que ajudem crianças e adolescentes a aprenderem mais rápido e com mais entusiasmo sobre diversos temas.
Uma alternativa é dar o comando para o ChatGPT criar uma história sobre um assunto que o aluno tenha mais interesse, como um conto sobre fadas e animais, para ajudá-lo a aprender a ler de forma mais lúdica e certeira. Dessa forma, as crianças aprendem no seu ritmo e conseguem aprimorar suas habilidades em questão, seja a leitura, a escrita ou o raciocínio.
“A inteligência artificial chegou para ressignificar muitos dos processos já existentes e acreditamos que na educação, principalmente, seu uso será e está sendo muito proveitoso. O ideal é utilizá-la como um complemento ao aprendizado, para facilitar o desenvolvimento e permitir explorar novas tecnologias; mas sempre incentivando o uso de ferramentas offline de forma que os jovens exercitem a criatividade e o raciocínio lógico”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes.
Outro ponto importante da inteligência artificial na educação é sua capacidade de fornecer acessibilidade para os estudos de pessoas com deficiência. Certos programas, como o “Seeing AI”, possibilitam que deficientes visuais consigam ler textos e reconhecer objetos. Essa opção garante adaptabilidade conforme o histórico da criança e, sobretudo, inclusão no ensino e conhecimento.
Orientar além do operacional é também um ponto-chave para que os pequenos compreendam a dimensão dessa tecnologia e seu uso, para que assim entendam as limitações da ferramenta e saibam que as respostas a comandos dados nem sempre serão verídicas. “O mais fundamental nesse processo é explicar aos pequenos o que a IA pode fazer, explicar do que se trata e incentivar um uso consciente e seguro”, comenta Henrique.
Não só para as crianças, mas a inteligência artificial também se torna muito importante para auxiliar os professores. Ela pode melhorar a eficiência das atividades, promover automação de tarefas e até mesmo acelerar a produção de relatórios e diagnósticos de acompanhamento dos alunos, ajudando nas metodologias pedagógicas aplicadas no dia a dia.
“A IA está intrínseca no cotidiano e futuro de todos, então não há porque afastar esse conhecimento das crianças. Pelo contrário, é preciso ensinar sobre ela para que uma compreensão sobre tecnologia mais aprofundada e crítica seja introduzida desde cedo, aos poucos”, comenta o diretor da escola.
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