Pediatra explica como pais e crianças podem contribuir para que a rotina escolar aconteça de forma mais saudável
Redação Publicado em 10/03/2023, às 06h00
Uma preocupação bastante comum entre os pais de crianças são as doenças tipicamente disseminadas no ambiente escolar, como viroses, gripes, resfriados, entre outras. Essas doenças costumam ser tão frequentes entre as crianças menores de três anos que elas já até ganharam um apelido: a “síndrome da creche”, que acomete especialmente os pequenos que estão indo pela primeira vez à escola e, até então, não estavam expostos à maior circulação de vírus e bactérias.
“É absolutamente normal e esperado que as crianças menores fiquem doentes nesse período inicial na escola, pois o sistema imunológico delas ainda é imaturo e está em desenvolvimento. Esses episódios são incômodos para pais e alunos, mas auxiliam no desenvolvimento da imunidade”, explica a pediatra Dra. Kesianne Marinho.
Para os bebês que já frequentam a escola, a amamentação é uma poderosa arma contra as doenças. Por isso, prolongá-la pode, de fato, ajudar no combate às doenças escolares. “Caso o bebê não seja mais alimentado com o leite materno e já esteja com a alimentação estabelecida, a dica é promover refeições variadas e ricas em vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais”, ressalta a Dra. Kesianne.
Além da alimentação variada, que também deve ser adotada pelas crianças maiores, outra medida simples ajuda a promover o combate às doenças comuns no ambiente escolar em todas as idades: a lavagem frequente das mãos.
Várias bactérias, vírus e protozoários se alojam diariamente nas mãos. Mas, como esses “bichinhos” são invisíveis a olhos nus, os pais precisam explicar sobre a importância de lavar as mãos frequentemente - de forma lúdica e nunca fazendo chantagens ou colocando medo nas crianças - e, principalmente, dando o exemplo.
A lavagem nasal é realizada com seringa e soro fisiológico para evitar o acúmulo do muco nasal, onde os vírus e as bactérias se “hospedam”.
“Se os pais criam em seus filhos o hábito de lavar o nariz desde pequenos, a lavagem passa a fazer parte da rotina, como a escovação dos dentes por exemplo. O ideal é que a lavagem nasal seja feita ao chegar da escola ou na hora do banho e mais vezes ao dia quando a criança estiver doente, repetindo sempre que o nariz estiver entupido”, orienta a pediatra.
Rinite, asma, e demais doenças crônicas mal controladas colaboram para que a criança se infecte e adoeça mais vezes. “Por isso, estar com as consultas sempre em dia para fazer esse controle de comorbidades, além de avaliar se o aporte nutricional está adequado ou se há a necessidade de alguma suplementação, é fundamental para prevenir adoecimentos”, explica a Dra.
Manter a carteirinha de vacinação dos filhos atualizada impacta diretamente no combate à disseminação de doenças no ambiente escolar e é uma obrigação dos pais.
Com as doses em dia, é possível impedir que as crianças e os adolescentes desenvolvam e transmitam uma série de doenças, como poliomielite, tétano, difteria, coqueluche, sarampo, hepatite B, meningite, rubéola, entre outras. “Os pais devem estar atentos ao calendário nacional de vacinação para não perderem os prazos das vacinas e possíveis reforços que sejam recomendados. Na consulta de rotina com o pediatra, é importante que estas datas sejam lembradas e reforçadas, pois manter a vacinação em dia é essencial para a saúde de todos”, finaliza a Dra. Kesianne.
É importante lembrar que todas as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde no Programa Nacional de Imunização (PNI) estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde. Para acessar o calendário nacional de vacinação, acesse: https://bit.ly/3XjyGNL .
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