Infecções respiratórias na infância podem ter impacto na vida adulta

O pneumologista Dr. Flávio Arbex alerta para a importância de não negligenciar os sintomas de infecções respiratórias

Redação* Publicado em 22/01/2024, às 06h00

É preciso estar atento aos sintomas na infância -

Um estudo da revista Lancet mostrou que infecções respiratórias na infância são consideravelmente mais perigosas, pois estão diretamente associadas a um risco aumentado de morte por problemas respiratórios na vida adulta. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, esse panorama serve como um alerta para a importância de as pessoas nunca negligenciarem os sintomas das crianças.

​“Dada a vulnerabilidade do sistema imunológico infantil e a possibilidade de complicações graves, as infecções, mesmo que aparentemente leves, podem evoluir rapidamente e levar a condições mais sérias, como pneumonia, bronquite e, em casos raros, problemas crônicos ou pulmonares de longo prazo”, diz Dr. Flávio.

​Ainda de acordo com a pesquisa da Lancet, que abrange dados de oito décadas, embora o número total de mortes prematuras por doenças respiratórias tenha sido pequeno, as pessoas que tiveram, nos primeiros anos de vida, infecções do trato inferior, como bronquite ou pneumonia, por exemplo, apresentaram 93% mais chances de morrer de forma prematura por condições respiratórias quando chegaram na fase adulta.

 

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Prevenção

​Segundo os responsáveis pelo estudo, apesar das medidas preventivas serem importantes para os adultos, especialmente no que diz respeito ao estilo de vida, as novas informações mostram a necessidade de voltar a atenção para os primeiros anos após o nascimento. “Ou seja, precisamos nos manter atentos a fatores genéticos, além de evitar que os menores sejam expostos ao tabagismo passivo e produtos químicos, pois influenciam diretamente no surgimento dessas doenças”, diz Dr. Flávio.

​O pneumologista também explica que sintomas como irritação, inflamações, coriza e dificuldade para respirar sempre merecem atenção e, caso sejam persistentes, uma consulta médica. Outras medidas de prevenção eficientes consistem na higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, evitar o contato próximo com pessoas doentes e manter os ambientes bem ventilados. Manter a vacinação em dia, principalmente contra gripe e pneumonia, também é imprescindível, pois imuniza as crianças contra alguns dos agentes patogênicos mais comuns.

“Dessa forma, ao fortalecer todas as medidas de prevenção e garantir que o sistema imune das crianças esteja mais protegido, também se reduz a possibilidade de infecções graves e suas complicações, o que, consequentemente, resulta em um organismo mais preparado para lidar com possíveis problemas, tanto na primeira infância, quanto na vida adulta”, comenta Dr. Flávio.

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