Tabagismo deve ser motivo de atenção redobrada entre as mulheres

O pneumologista Dr. Flávio Arbex alerta sobre as consequências do tabagismo para o público feminino

Redação Publicado em 30/07/2022, às 16h19

O hábito de fumar pode trazer diversos riscos para a saúde da mulher -

A consequência mais conhecida do tabagismo é o câncer de pulmão, que segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) é responsável por 30.200 casos da doença por ano, sendo aproximadamente 17 mil em homens e 12 mil em mulheres. Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), também apontam que, entre os brasileiros, o hábito de fumar está presente em 11,7% dos homens e 7,6% das mulheres.

Apesar de em ambas as situações os números serem maiores entre os homens, o pneumologista Dr. Flávio Arbex alerta que o público feminino merece uma atenção especial quando o assunto for o cigarro. “Dessa forma, existe ainda um risco triplicado para o câncer de colo uterino, além de maiores dificuldades em engravidar. Lembrando que o problema causador será sempre mais ligado à carga tabagista consumida pela pessoa do que pelo seu gênero.”

Porém, o sistema reprodutor é apenas um dos pontos afetados pelo cigarro, já que o hábito afeta não apenas o organismo das mulheres, mas também o do bebê, muitas vezes resultando em aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer e até mesmo morte súbita do recém-nascido. “Isso ocorre, pois fumar durante a gravidez prejudica os pulmões do bebê, causando alterações respiratórias no seu desenvolvimento ou mesmo durante a infância, com risco para doenças cardiovasculares na idade adulta”, diz Dr. Flávio.

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Para aquelas que desejam parar de fumar, Arbex aponta que a disciplina é tão importante quanto a força de vontade. “Buscar acompanhamento médico é sempre necessário para quem não consegue abandonar o vício por conta própria. O especialista pode contribuir na indicação de adesivos, chicletes ou medicamentos que contribuam na luta contra o tabagismo. Porém, o comportamento também é um forte aspecto a ser considerado.”

 


​Ou seja, é essencial que possíveis remédios estejam sempre associados com estratégias que eliminem os gatilhos que levam o indivíduo a acender um cigarro. Eliminar os cinzeiros da casa, não fumar dentro do carro e evitar espaços onde possa haver presença de fumantes, como bares e baladas, são algumas medidas imprescindíveis”, indica o pneumologista.


​Diante desse cenário, parar com o cigarro não apenas reduz as chances de aparecimento de diversas doenças, mas também colabora para a melhora da qualidade de vida. Apenas algumas horas após deixar de fumar os pulmões já funcionam melhor. Em alguns dias, o olfato e o paladar também apresentam uma melhora significativa e, depois de algumas semanas, a respiração se torna mais fácil, com uma circulação mais natural e consequente diminuição do risco de morte por infarto do miocárdio.


 

 

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