A geriatra Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex comenta sobre a necessidade de melhorias nas condições para o envelhecimento
Redação Publicado em 31/01/2023, às 06h00
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 15 de dezembro de 2022 a população mundial alcançou a marca de 8 bilhões de pessoas. A entidade também divulgou que em 2080, esse número pode chegar a 10,4 bilhões. No decorrer desse período, estima-se que haja ainda um aumento de idosos com mais de 65 anos, de 10% em 2022 para 16% em 2050.
Segundo a geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex, esse crescimento consequentemente resulta em novos desafios no que diz respeito às melhorias nas condições e assistência à saúde. “De acordo com a projeção, a população idosa será composta por 1,5 bilhão de indivíduos em todo o mundo, o que representaria mais do que o dobro do número de crianças com menos de 5 anos.”
Por se tratar de um movimento global praticamente incontrolável, Arbex comenta que, para haver um envelhecimento saudável e bem gerenciado, é imprescindível que ocorram melhorias das políticas públicas, especialmente no que diz respeito a: mais investimentos em serviços previdenciários; assistência social e auxílio ao idoso; inclusão dessa parcela da população em um mercado de trabalho adaptado; e políticas de prevenção a doenças.
Além, é claro, de um planejamento familiar adequado para atender às necessidades requeridas por indivíduos na terceira idade. Os cuidados fornecidos em um núcleo mais próximo são de extrema importância em questões de alimentação, sedentarismo, dificuldade motora e, principalmente, aspectos psicológicos e emocionais que possam se desenvolver pelas limitações ou necessidades dessa fase da vida”, diz Dra. Maria Carolyna.
No Brasil, a geriatra também relembra a existência do estatuto do idoso, uma legislação específica para a proteção de todos aqueles acima dos 60 anos. O artigo 3º da Lei, inclusive, destaca a obrigação de familiares, da sociedade e do Poder Público em garantir os direitos do idoso, que incluem o direito à vida, saúde, alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, convivência familiar e à cidadania, liberdade e dignidade.
Assim, Arbex caracteriza a velhice como uma fase desafiadora e que exige atenção especial. “Portanto, precisamos fomentar excelentes iniciativas de auxílio a essas pessoas, além de incrementar e multiplicar as já existentes, pois é dever de toda a sociedade lutar para que, ao envelhecer, todos tenham qualidade de vida e as melhores condições possíveis para lidar com o processo.”
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