O especialista em urologia oncológica Dr. Elizeu B. Neto explica como se proteger durante o verão de infecção de urina
Redação* Publicado em 03/01/2024, às 06h00 - Atualizado às 15h17
Com início em 22 de dezembro, o verão costuma ser o período com as temperaturas mais elevadas do ano, época que se mostra mais propicia para o desenvolvimento de infecções do trato urinário. Segundo o especialista em urologia oncológica Dr. Elizeu B. Neto, esse cenário se apresenta principalmente em razão da maior transpiração e desidratação.
“O calor, especialmente nos níveis registrados nos últimos meses, promove uma transpiração excessiva, portanto, o corpo humano perde muito líquido rapidamente. Esse processo, quando não recompensado com uma adequada ingestão de água, provoca desidratação. Assim, a urina fica mais concentrada, contribuindo para o aumento de micro-organismos capazes de provocar uma infecção”, explica Dr. Elizeu.
O clima tropical favorece ainda a procura por praias e piscinas, o que leva as pessoas a passarem mais tempo com biquinis, sungas ou demais roupas íntimas úmidas. “Embora os homens também devam se manter atentos, nesses casos, as mulheres são as mais atingidas, pois possuem o canal uretral mais curto, o que facilita a migração de micro-organismos do tecido para o interior da bexiga”, comenta o urologista.
Sintomas e formas de prevenção
Entre os principais sintomas que podem indicar algum tipo de infecção de urina estão: ardência durante a micção; sensação de bexiga constantemente cheia; dor na parte inferior do abdome; alteração na coloração e/ou no odor da urina; e vontade mais frequente de urinar. “Por vezes, a condição pode se mostrar assintomática até que um quadro mais grave já esteja instalado, logo, a prevenção sempre será a forma de tratamento mais eficiente”, diz Dr. Elizeu.
Além da maior ingestão de líquidos, de preferência água, o especialista alerta ser fundamental: fazer uma correta higiene íntima; lavar as mãos, antes e após ir ao banheiro; fazer xixi sempre que der vontade; e que as mulheres, especialmente no verão, não demorem nas trocas de absorventes, a fim de evitar a umidade por tempo prolongado.
“Outro ponto de atenção é que a sede, assim como qualquer outro sintoma que indique um quadro de desidratação ou a presença de infecção na urina, devem ser vistos como um sinal de que algo não está funcionando como deveria, portanto, uma mudança no estilo de vida pode ser necessária. Lembrando ainda de nunca se automedicar e sempre procurar atendimento médico ao aparecimento de quaisquer manifestações”, orienta Dr. Elizeu B. Neto.
*Quem é Dr. Elizeu B. Neto?
Graduado médico pela Universidade de Araraquara, Dr. Elizeu Neto se graduou cirurgião geral pela Santa Casa de Araraquara e urologista pela Santa Casa de Ribeirão Preto. Realizou seu fellowship em urologia oncológica e cirurgia minimamente invasiva pelo Hospital de Amor de Barretos.
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