Diabetes gestacional: saiba mais sobre a doença que afeta 18% das gestações no Brasil

Uma das complicações médicas mais comuns da gravidez, a diabetes gestacional pode acarretar situações indesejáveis a curto e a longo prazo

Redação Publicado em 05/06/2023, às 09h00

O indicado é realizar o exame de glicemia em jejum desde o início da gestação -

Uma doença silenciosa, mas que pode causar complicações, a curto e a longo prazo, tanto para a mãe quanto para o bebê. Essa é a diabetes gestacional, uma intolerância à glicose que se inicia durante a gravidez em gestantes com glicemia normal antes da gestação. De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), a enfermidade é uma das complicações médicas mais comuns da gravidez, afetando aproximadamente 15% das gestações em todo o mundo e 18% no Brasil.

Essa condição pode ocorrer devido aos hormônios produzidos na placenta que reduzem a capacidade da insulina de controlar a glicose do sangue. Assim, algumas mulheres, por motivos individuais, não atingem o equilíbrio entre a necessidade de insulina e os níveis de glicemia, se tornando diabéticas ao longo da gravidez.

Segundo Mariana Arraes, médica especialista em longevidade e emagrecimento saudável, é necessário iniciar os exames cedo. "O indicado é realizar o exame de glicemia em jejum desde o início da gestação. A partir da 24ª semana também é preciso medir a glicemia após o estímulo da ingestão de glicose, o denominado exame oral de tolerância à glicose", detalha.

 

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Predisposição

Existem alguns fatores de risco que podem predispor o desenvolvimento de diabetes gestacional, como sobrepeso/obesidade antes da gestação; síndrome dos ovários policísticos (SOP); hipertensão e acidentes obstétricos, como perdas gestacionais prévias, porém essa condição pode ocorrer em qualquer mulher. "É muito importante que as gestantes realizem todos os exames da forma correta e fiquem atentas aos resultados, pois a maioria dos casos são assintomáticos, o que pode ser perigoso", alerta a profissional.

O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações obstétricas que podem incluir parto prematuro, pré-eclâmpsia e crescimento excessivo do feto, que pode levar a complicações como hipoglicemia e desconforto respiratório. Além disso, é necessário frisar que as mulheres diagnosticadas com diabetes gestacional correm o risco de desenvolver Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e os seus filhos, maior chance de ficarem obesos e com DM2 durante a vida.

 

Tratamento

A base do tratamento para a diabetes gestacional é a adoção de hábitos saudáveis como uma dieta orientada por um nutricionista e a prática de exercícios físicos liberados pelo obstetra. "A principal forma de tratar esta condição é a mudança de hábitos, porém, quando necessário, também são utilizados medicamentos como a insulina subcutânea", afirma Mariana Arraes.

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