Inspiradas nos filhos, mães criam revista de jornalismo para crianças e jovens

Quem começou a guerra? É verdade que vacinas fazem mal? Por que a Amazônia vive pegando fogo? Se você tem filhos pequenos, já percebeu que eles vivem antenados com as informações da atualidade. O problema é que nem sempre os pequenos acessam fontes confiáveis. 

Foi com essa preocupação em mente que um grupo de três mães criou a Qualé, uma revista de jornalismo para crianças de jovens. A cada 15 dias, a publicação apresenta notícias e curiosidades do Brasil e do mundo, com um linguagem adequada e visual bem atraente.

A revista foi fundada em janeiro de 2020, voltada para o público infantojuvenil. Em meio à pandemia, com questionamentos cada vez mais complexos e frente à propagação de fake news Maria Clara Cabral, mãe de duas meninas (7 e 12 anos), Fabrícia Peixoto, mãe de dois meninos (8 e 12) e Cinthia Behr, mãe de uma menina resolveram se juntar nesta tarefa.

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“Nossos filhos vinham sempre nos perguntar sobre um fato recente, uma notícia da qual ouviram falar. E percebemos que muitas vezes ficavam sabendo desses acontecimentos por meio das redes sociais, trazendo até mesmo notícias falsas, desencontradas. Essa preocupação nos fez pensar na Qualé”, diz Maria Clara Cabral, jornalista e diretora editorial da revista.

Com o objetivo de trazer mais autonomia para crianças e jovens, fornecendo recursos para que possam distinguir o que realmente deve ser levado em consideração, as três sócias fundaram uma revista jornalística feita especialmente para crianças e jovens, com linguagem simples, descomplicada e um visual atrativo para tirar as crianças das telinhas e incentivar a leitura no papel.

Em pouco tempo, a ideia foi abraçada por escolas particulares e redes públicas de ensino. Isso porque habilidades e competências relacionadas ao jornalismo estão previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o que faz da Qualé uma grande aliada do professor. “Nosso objetivo é que a revista se torne a maior aliada de pais, alunos e professores, proporcionando uma conexão em todas as áreas de aprendizado”, completa Maria.