Especialista Lara Crivelaro reúne informações e dicas práticas para quem sonha em cursar a faculdade fora do país
Redação Publicado em 19/02/2025, às 06h00
Segundo dados do OpenDoors, grupo de pesquisa do Institute of International Education (IIE), o número de brasileiros que migraram para os EUA com o objetivo de estudar alcançou, pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19, a marca de 16 mil. Atualmente, o Brasil ocupa a nona posição em relação a países com mais universitários em instituições estadunidenses e lidera entre os países da América Latina.
De acordo com o QS World University Ranking, quatro das dez melhores faculdades do mundo estão nos Estados Unidos: Massachusetts Institute ofTechnology (MIT); Harvard University; Stanford University e California Institute of Technology (Caltech). Além das clássicas Ivy League — liga de oito faculdades mais prestigiadas dos EUA —, o país é referência para aqueles que buscam aprofundar em formações menos convencionais como música, artes plásticas e atuação.
Para Lara Crivelaro, especialista em internacionalização e CEO da Efígie Educacional, a graduação estrangeiraé extremamente vantajosa não só pela infraestrutura ediversidade nos currículos oferecidos, mas também peloenriquecimento do repertório cultural desses estudantes: “A vivência universitária nos Estados Unidos possibilita a construção de uma rede global. Ao entrar em contato com jovens de todo o mundo, os brasileiros têm a chance de formar conexões com colegas e profissionais que podem abrir portas para oportunidades internacionais futuras”.
O reconhecimento internacional dessas instituições atrai cada vez mais estudantes para o hemisfério norte. Contudo, é preciso estar atento ao calendário de ingresso dessas faculdades. Diferentemente do processo seletivo brasileiro, as universidades estadunidenses apresentam três períodos de admissão, sendo eles: Early Decision, Regular Decision e Rolling Admission. Cada um desses segue um processo específico, com prazos de candidaturas e exigências diferentes.
Como aplicar?
Para tornar-se apto à aplicação, é preciso, primeiramente, compreender as exigências de ingressopara o padrão estadunidense. Para além de um bom desempenho acadêmico e boas notas nos testes padronizados como SAT (Scholastic Assessment Test) ou o ACT (American College Testing), a maioria das universidades prioriza estudantes que se dedicam a atividades extracurriculares como projetos sociais, participação em clubes escolares, competições, esportes ou trabalhos voluntários. Também é essencial que esses candidatos dominem a escrita de redações (ou essays, como são popularmente conhecidas) personalizadas e autênticas, defendendo seus diferenciais.
Antes da chegada os prazos, Crivelaro recomenda que os candidatos tenham as documentações exigidas devidamente separadas e organizadas com pelo menos um ano de antecedência. Esses documentos incluem históricos escolares traduzidos e autenticados, certificados de proficiência em inglês (como TOEFL ou IELTS), resultados de testes como SAT ou ACT (quando exigidos), e cartas de recomendação de professores ou orientadores que conheçam bem o perfil do estudante. Além disso, algumas instituições podem exigir documentos financeiros, principalmente para a emissão do visto de estudante.
Bolsas de estudo
Para quem deseja se candidatar às bolsas de estudo, é importante pesquisar caso a caso. As universidades dos Estados Unidos geralmente oferecem dois tipos principais: need-based e merit-based. Além disso, os estudantes brasileiros podem explorar oportunidades externas às universidades, como programas governamentais e fundações que oferecem apoio financeiro.
“As bolsas need-based são destinadas a estudantes que demonstram necessidade financeira. Nesse caso, devem apresentar documentação, como o CSS Profile ou formulários específicos de cada universidade, detalhando a situação econômica. Já as bolsas merit-based são concedidas com base no mérito acadêmico, esportivo, artístico ou em outras áreas de destaque do candidato”, explica a CEO da Efígie.
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