Responsável por estimular a criatividade, o desenvolvimento cognitivo, emocional e social, a leitura é um direito fundamental das crianças
Redação Publicado em 09/04/2023, às 06h00
A leitura é uma habilidade fundamental que permite às crianças aprender sobre o mundo ao seu redor, desenvolver habilidades cognitivas, como a compreensão e a interpretação, além de estimular a criatividade e a imaginação. Diante disso, ela é considerada um direito da criança, pois é uma forma de acesso à informação e ao conhecimento.
Em conformidade com os dispositivos constitucionais, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que toda criança e adolescente tem direito à educação visando o seu pleno desenvolvimento e preparo para o exercício da sua cidadania.
Assim como expressa o conjunto de normas, a educação possui um papel fundamental na preparação de cada indivíduo para o exercício da sua cidadania. Visto que a educação e as ferramentas de ensino possibilitam que as crianças sejam atores sociais, influenciando e sendo influenciadas pelo ambiente em que vivem. É papel da família, da escola e da sociedade em geral garantir que todas as crianças tenham acesso à leitura como um direito, e sejam incentivadas a desenvolver o hábito da leitura desde cedo.
Antes de tudo, é preciso entender de fato o que a atividade significa. “Ler é atribuir um sentido, um significado ao texto escrito. Sendo assim, há diferentes possibilidades para a leitura”, diz Solange Salzo, coordenadora dos Anos Finais do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio. Ela ainda reforça que o contato com o universo literário proporciona aos pequenos leitores o ingresso em outros mundos, fazendo um intercâmbio de informações e confrontando diferentes opiniões. “Nessa atmosfera, eles acessam diferentes universos e, de uma forma lúdica, entendem o mundo que os cerca. Na imaginação, damos a roupagem que queremos, aos nossos monstros, e assim nos fortalecemos para enfrentá-los”.
A coordenadora pedagógica pontua que a escola deve oferecer múltiplos recursos para que a leitura cumpra diferentes propósitos, assim como a família deve valorizar esse momento, sempre lembrando que o espaço da casa também é formador. “Quanto mais oferta as crianças tiverem no lar, maior será a procura. Além disso, há sempre a motivação via exemplo: jovens com pais que leem são mais propensos a esse hábito”, acrescenta.
A coordenadora Solange Salzo explica que podem ser utilizados diferentes critérios para que a criança possa escolher um livro com autonomia. Veja:
Quando lemos a quarta capa, temos a liberdade de saber o assunto que o livro irá tratar, qualificando o conteúdo e abordando informações relevantes para a decisão de leitura, influenciando, assim, de maneira significativa, a escolha do leitor.
Comentar sobre uma personagem específica ou sobre como terminou uma história é um ótimo jeito para incentivar a leitura para o colega de classe. Apesar de ser uma tarefa difícil, algumas iniciativas feitas em sala de aula são capazes de despertar um maior interesse pelos livros, como é o caso do mural de indicações literárias.
Trabalhar com as narrativas de aventura em sala de aula é essencial para despertar nos alunos do Fundamental Anos Iniciais o prazer pela leitura. Por isso, descrever as aventuras da personagem principal de uma narrativa desperta a criatividade e abrem as portas para o incrível universo lúdico.
“O importante é sempre despertar a curiosidade do leitor para saber mais. Em casa, o mesmo modelo realizado em sala de aula pode ser seguido. Para incentivar uma boa rotina, podemos incluir um roteiro, como levar os pequenos a uma livraria, tocar a obra, sentir seu cheiro e olhar a ilustração. Essas são boas dicas de estímulo”, reitera.
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